terça-feira, 23 de setembro de 2014

Lendo um pouco de C.S.Lewis

“Imagine, por exemplo, um país onde alguém fosse admirado por fugir do campo de batalha, ou se um homem se sentisse orgulhoso de ter traído as pessoas que mais lhe queriam bem. Faria tanto sentido como imaginar um país onde dois mais dois são cinco”.

Coitado do C.S. Lewis, que conheceu esse país só na imaginação. Hoje ninguém precisa mais imaginar, é só visitar o Brasil.

“…se não existe o certo e o errado -em outras palavras, se não há lei natural, qual a diferença entre um tratado justo e um injusto?”

Ou seja, se não existe um certo e um errado não pode existir justiça. Veja só como isso é doentio, as pessoas ou instituições que mais clamam por justiça são exatamente as que menos discutem sobre o que é certo e errado. Elas são o certo e o outro o errado. 

Aí se esconde o pulo do gato. Para julgar o que é certo ou errado, o que é justo, primeiro se deve discutir o que é certo e o que errado. Essa é a discussão mais importante. Porém todo mundo já chegou a sua conclusão, e discutir isso é proibido.

“Repare o leitor que é somente para o mau comportamento que buscamos essas explicações: só sentimos necessidade de atribuir ao cansaço, às preocupações ou a fome os defeitos do nosso caráter; quanto às nossa qualidades, atribuímo-las sem mais a nós mesmos.”

Nessa vida social que nós levamos os defeitos são só da burguesia, da Igreja, do neoliberalismo, da escravidão, dos EEUU. E as qualidades, claro, são todas do socialismo.


“Não há um só de nossos instintos que não se transforme num demônio se fizermos dele um princípio absoluto. Você talvez pense que o amor genérico ao próximo, isso é o que chamam de ‘amor à humanidade’, é uma regra de conduta segura em todas as ocasiões, mas não o é. Se você deixar de lado a justiça, em breve estará rompendo acordos e falsificando evidências nos tribunais ‘em benefício da humanidade’, para tornar-se no final das contas apenas mais um indivíduo cruel e traiçoeiro.”


“…se a regra do comportamento significasse ‘aquilo que cada povo considera correto’, não faria sentido dizer que determinado povo acertou mais que outro, nem seria razoável dizer que o mundo pode progredir ou regredir em matéria de moral.”

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